Bom, vamos lá: o que me radicalizou foram as manifestações de rua de Junho de 2013, mas até então eu já tinha contato com hackativismo e coisas do tipo. Quando explodiu as Jornadas de Junho, eu me inseri de cabeça no comunismo e no anarquismo, e passei a me autodeclarar revolucionário.
E você, o que te radicalizou?
as ocupações secundaristas de 2015/2016. Foi ali que eu aprendi a fazer política, aprendi quem era pelego e quem era revolucionário, aprendi ação direta e como gerir um movimento, aprendi basicamente tudo naquele curto período, e acho que vários outros grandes militantes que temos atualmente se formaram militantes naquela época…
Posso dizer que passei por quase todo o espectro político do neoliberalismo até aqui. Mas durante a pandemia, passei a estudar mais sobre as coisas e o mundo, sobre as lutas pelos direitos civis, os Panteras Negras, a Ditadura Militar, consciência de classe e a partir daí me radicalizei.
Me radicalizei em 2011 e me assumi comunista desde então. Naquela época tava rolando muita coisa, primavera árabe, Occupy Wall Street, Indignados na Espanha, daí depois veio 2013 aqui no Brasil. Enfim, foi uma época boa, em que era impossível ficar de olhos fechados pra tanta revolta no mundo todo. Hoje em dia tá tudo tão parado, dá até vontade de voltar no tempo.
