10 FAMOSOS QUE ERAM SOCIALISTAS E VOCÊ NÃO SABIA

1. Maradona

Diego Armando Maradona, além de ser considerado um dos maiores jogadores da história do futebol, sempre expressou abertamente sua posição política não só de esquerda, como radicalmente à esquerda. Além de ter uma tatuagem com o rosto do camarada Che Guevara, Maradona também foi amigo pessoal de Fidel Castro e Hugo Chávez, admirando seus projetos de transformação social na América Latina. Em várias entrevistas, criticou o neoliberalismo e defendeu o direito dos povos pobres à autodeterminação. Sua posição política era orgulhosamente anticapitalista e anti-imperialista.

2. Albert Einstein

O físico Albert Einstein, famoso por revolucionar a ciência com a Teoria da Relatividade, também era um crítico feroz do capitalismo. Em seu ensaio “Por que o Socialismo?” publicado em 1949, Einstein defendia uma economia planejada e voltada para o bem-estar humano, em vez do lucro. Ele via o capitalismo como um sistema que explorava o trabalhador e criava desigualdades sociais insustentáveis. Para ele, o socialismo seria uma alternativa não apenas mais racional e humana, como cientificamente a única alternativa viável à sobrevivência humana.

3. Charles Chaplin

Charles Chaplin, ícone do cinema mudo, utilizou suas obras para criticar as injustiças sociais, o autoritarismo e a exploração econômica. Seu filme “Tempos Modernos” é uma sátira mordaz ao capitalismo industrial e à alienação do trabalhador. Devido às suas posições políticas e à sua simpatia pela União Soviética em certos momentos, Chaplin foi perseguido nos Estados Unidos durante o macarthismo e acabou sendo forçado a viver fora do país.

4. George Lucas

George Lucas, criador da saga “Star Wars”, estruturou sua narrativa em torno da luta de rebeldes contra um regime fascista galaticamente imperialista e opressor, refletindo preocupações políticas com tiranias e desigualdades. Embora não se envolvesse diretamente em partidos políticos socialistas, Lucas sempre se declarou contra grandes corporações e elites concentradoras de poder. Em uma entrevista de 7 anos atrás, o diretor afirmou que os heróis de Star Wars foram modelados com base nos vietcongs e na sua luta contra o colonialismo britânico, francês e estadunidense.

5. Tupac Shakur

Tupac Shakur, um dos rappers mais influentes da história, era profundamente politizado. Filho de ativistas dos Panteras Negras e oriundo de uma família com origens islâmicas e voltadas ao comunismo, Tupac cresceu em um ambiente de luta contra o racismo, a pobreza e a violência do Estado. Ele tinha livros de Lênin e Stalin, se envolveu com o comunismo universitário da UCLA e suas músicas frequentemente abordavam injustiças sociais e econômicas. Tupac defendia abertamente a organização da juventude negra para resistir ao sistema capitalista opressor. Sua arte e sua vida foram marcadas pelo desejo de transformação social radical.

6. Nelson Mandela

Nelson Mandela é lembrado mundialmente como o grande líder da luta contra o apartheid na África do Sul. Menos conhecido é o fato de que Mandela foi membro do Partido Comunista Sul-Africano e via o socialismo como um caminho para a liberdade real dos povos oprimidos. Sua prisão foi também devido ao fato de que Mandela empunhou em armas para derrubar o Apartheid e convocou o povo à luta armada quando ainda era militante do Partido Comunista. Para ele, a superação do racismo passava também pela superação das desigualdades econômicas, com uma sociedade que garantisse direitos sociais para todos.

7. Mike Tyson

Mike Tyson, campeão mundial dos pesos-pesados, passou a maior parte da infância em contextos de extrema pobreza. Apesar de não ser um militante organizado, Tyson expressou ao longo dos anos simpatias por figuras revolucionárias e ideias anticapitalistas, especialmente em relação à luta dos marginalizados contra o sistema que os exclui. Em entrevistas, declarou admiração por revolucionários como Che Guevara e Mao Tse Tung, inclusive tendo duas tatuagens dessas duas figuras.

8. Marilyn Monroe

Muito além do estereótipo de símbolo sexual de Hollywood, Marilyn Monroe tinha uma consciência política bastante progressista. Ela apoiava o movimento sindical dos atores e frequentava círculos de intelectuais de esquerda. Foi amiga próxima de ativistas políticos e chegou a ser vigiada pelo FBI por suas ligações com comunistas. A CIA e o FBI investigavam Marilyn desde 1955, quando ela tentou tirar um passaporte para visitar a União Soviética. Marilyn defendia a igualdade de direitos e acreditava que a cultura de consumo e a exploração econômica minavam a dignidade humana.

9. Martin Luther King

Martin Luther King Jr., além de sua liderança histórica na luta pelos direitos civis, também era crítico do capitalismo. Em seus discursos finais, King denunciava a desigualdade como uma continuação da opressão racial e falava da necessidade de uma redistribuição radical da riqueza. Aproximou-se de ideias do socialismo democrático e defendia a construção de uma sociedade que garantisse dignidade econômica a todos. Em uma carta, em 1952, ele escreveu:

“Imagino que você já saiba que sou muito mais socialista em minha teoria econômica do que capitalista. E, no entanto, não sou tão contrário ao capitalismo a ponto de não reconhecer seus méritos relativos. Ele começou com um motivo nobre e elevado, ou seja, bloquear os monopólios comerciais dos nobres, mas, como a maioria dos sistemas humanos, acabou sendo vítima exatamente daquilo contra o que se revoltava. Assim, hoje o capitalismo superou sua utilidade. Ele criou um sistema que tira as necessidades das massas para dar luxos às classes.”

10. Jesus Cristo

Embora o termo “socialismo” seja anacrônico para o tempo histórico de Jesus, muitos estudiosos e teólogos apontam que suas práticas e ensinamentos — como o desprezo e por vezes até a ojeriza pela riqueza material, a defesa dos pobres e a valorização da partilha — são profundamente compatíveis com valores socialistas. Não somente isso, como morreu torturado e perseguido pelo exército e por um império que colonizava e oprimia sua terra natal. Jesus criticou a ganância e a desigualdade, pregando uma ética de solidariedade, fraternidade e justiça social que inspira movimentos progressistas até hoje, e para alguns pode sim, ser considerado o primeiro socialista da história humana.